A delegada do 3º Distrito Policial de São Caetano do Sul, Lucy Fernandes, afirmou nesta quinta-feira (22) que a escola tinha um desenho em que o menino de 10 anos que atirou na professora e se matou em seguida aparecia com duas armas em punho ao lado do que seria um suposto professor. Ela informou que o desenho, que será usado na investigação do caso, tinha marcações feitas pelo garoto que diziam que ele tinha 16 anos na figura. A Polícia Militar afirmou que o garoto era considerado quieto e não dava trabalho para os professores. A informação foi repassada pelo capitão da PM Robson Castropil. Segundo o capitão, o crime ocorreu após o menino pedir para ir ao banheiro. Quando ele retornou, já estava com a arma em punhos e disparou contra a professora. Logo depois, ele deixou a sala e, na escada, atirou contra a própria cabeça. O menino morreu e a professora foi encaminhada ao Hospital das Clínicas sem risco de morte. Castropil afirma ainda que a arma utilizada tem a numeração de série, mas a polícia ainda vai investigar a procedência do revólver. As crianças que estavam na escola devem ser ouvidas posteriormente, com acompanhamento de psicólogas. - Com a minha experiência de 25 anos, chegar a uma ocorrência deste tipo deixa o coração em frangalhos. Porque deveria ser uma criança brincando, não com uma arma não mão. Assista ao vídeo:
A delegada contou ainda que o pai do menino sentiu falta da arma usada por ele para atirar na professora e em si próprio. O pai prestou depoimento informal nesta quinta à noite. Ele disse que teria ido até a escola e conversou com os dois filhos, que afirmaram que não estavam com o revólver. Segundo a delegada, a arma ficava guardada na parte de cima de um armário da residência onde moravam.
A delegada reafirmou que os professores e pais afirmaram que o garoto era uma criança sem problemas e disse ainda que conversou com colegas que teriam dito que ele não gostava de algum professor.
Ela disse ainda que o pai não deve responder por tentativa de homicídio, uma vez que a professora não morreu e não existe tentativa de homicídio culposo. A delegada afirmou, porém que o pai deve responder por conta da negligencia em relação ao revolver. Ela vai investigar ainda se existe um 3º envolvido no caso que poderia ter incentivado o crime.
A aluna Letícia, de 14 anos, afirmou que o momento em que os estudantes viram o menino no chão foi “horrível”.
- Bateu o sinal para acabar o intervalo, todos começaram a subir normal. Quando chegamos em cima ouvimos dois barulhos estranhos, não sabíamos o que tinha acontecido, todo mundo começou a correr. Quando viram o menino no chão todo mundo começou a correr no sentido contrario, todo mundo ficou apavorado, foi horrível.
Ela afirmou que, a princípio, os alunos não sabiam o que tinha acontecido, e chegaram a pensar que poderia ter havido a explosão de uma bomba na escola. Ela relatou que há um clima de insegurança na escola.
- Já tinha presenciado briga varias vezes. É a coisa mais frequente que a gente vê na escola.(...) Não tem nenhuma segurança, é muito difícil ver algum policial ou segurança, não tem segurança nenhuma.
As aulas desta sexta-feira na escola foram suspensas.
Outros casos
Em abril deste ano, Wellington Menezes de Oliveira, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, entrou no colégio dizendo que faria uma palestra. Ele se aproveitou do fato de a escola estar completando 40 anos e, por isso, realizava uma série de eventos comemorativos.
Em 29 de setembro de 2010, Miguel Cestari Ricci morreu dentro da Escola Adventista de Embu, após ser baleado por colega com tiro à queima-roupa. Ele foi levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
As investigações da polícia mostraram que a mochila onde estaria a arma do crime, a sala de aula e o uniforme do garoto foram lavados. Dessa forma, não foi encontrado vestígio de pólvora, chumbo ou qualquer outra sujeira.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Delegada diz que aluno tinha desenho em que empunha arma ao lado de professor
18:16
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