O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, disse nesta quarta-feira (14), que foi importante a Polícia Civil identificar os três PMs suspeitos de participação na morte da juíza Patrícia Acioli pois ajuda a "aliviar a culpa coletiva da unidade". Para Mário Sérgio, é necessário que os PMs sejam conduzidos a julgamento. O tenente e os dois cabos tiveram a prisão decretada pela Justiça no último domingo (11). A magistrada foi assassinada com 21 tiros no dia 11 de agosto quando chegava em casa, em Niterói, região metropolitana. - Desde o primeiro momento, trabalhávamos com a hipótese da participação de policiais nesse crime. Isso nunca foi descartado. É importante que a polícia chegue às pessoas porque temos o crime individualizado, particularizado. Assim, deixamos de ter a culpa para toda uma unidade, como estava acontecendo com o Batalhão de São Gonçalo (7º BPM). É importante conduzir essas pessoas a julgamento e aliviar a unidade de uma culpa coletiva. Juíza linha-dura Conhecida como linha-dura, a magistrada mandou prender seis PMs suspeitos de forjar autos de resistência no começo do ano. Em 2010, ela decretou a prisão de pelo menos quatro cabos da Polícia Militar e de uma mulher, que seriam integrantes de um grupo de extermínio da Marcha de Vans. Patrícia fazia parte de uma lista com 12 nomes de pessoas supostamente marcadas para morrer, encontrada com um integrante de um grupo de extermínio que atua em São Gonçalo. Perícia em 700 armas Na última segunda-feira (12), a DH recolheu cerca de 700 armas, entre pistolas e revólveres dos calibres 38 e 40, no 7º BPM. As armas serão utilizadas para o exame de confronto balístico, que não tem prazo para ser concluído, devido à quantidade de armas que serão periciadas. O objetivo é descobrir de quais armas partiram os tiros que mataram a juíza Patrícia Acioli. De acordo com Sérgio Henriques, diretor do Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil, como foram arrecadados projéteis e cápsulas no corpo, carro e no local onde Patrícia Acioli foi assassinada, na porta de casa, em Niterói, três tipos de marcas precisam ser analisadas. - Os tiros disparados por pistolas, deixam marcas nos projéteis e nos estojos, que muitos conhecem como cápsulas. São microvestígios deixados de formas diferentes por cada arma. O que nós vamos fazer é comparar todos os projéteis e cápsulas arrecadados com os das armas apreendidas até chegar às armas usadas no crime.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Caso juíza: comandante da PM diz que prisão de policiais livra batalhão de culpa
16:37
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