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terça-feira, 5 de julho de 2011

Movimento no comércio desacelera, mas sobe quase 10% no 1º semestre

O movimento de consumidores nas lojas brasileiras aumentou 9,6% nos primeiros seis meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2010, segundo indicador da Serasa Experian divulgado nesta terça-feira (5). Apesar da alta, a entidade classificou o comportamento do comércio como uma desaceleração, já que, no segundo semestre de 2010, o aumento foi de 10%.

Para confirmar a tese de “desaquecimento” do movimento no comércio, a Serasa aponta os dados do primeiro semestre de 2010, quando o setor avançou 10,7% em relação aos primeiros seis meses de 2009.

O indicador de atividade do comércio da Serasa leva em conta apenas o volume de consultas mensais realizadas por lojas à base de dados da entidade. A amostra é composta de cerca de 6.000 empresas comerciais e o indicador, com início em janeiro de 2000, é segmentado em seis ramos de atividade comercial.

Os economistas da Serasa Experian afirmaram que, apesar do aumento dos juros e das medidas de restrição ao crédito adotadas pelo governo a partir do final do ano passado, “o bom momento vivido pelo mercado de trabalho conseguiu sustentar um desempenho bastante favorável para a atividade varejista [comércio] neste primeiro semestre”.

Apesar desse cenário favorável, a entidade alertou que, na passagem de maio para junho deste ano, a atividade do comércio permaneceu inalterada. Essa estabilidade seria, segundo a Serasa, “um prenúncio de que no segundo semestre de 2011, a desaceleração da atividade varejista deve se intensificar”

Os principais motivos para a queda do ritmo da atividade comercial brasileira seria a continuação da elevação da taxa básica de juros, atualmente em 12,5%, e a perspectiva de moderação do ritmo de crescimento econômico.

Entre os segmentos avaliados, o de materiais de construção foi o que mais se expandiu nos primeiros seis meses deste ano, com alta de 12,8% sobre o mesmo período do ano passado. Na sequência, vieram os segmentos de móveis, eletrônicos e informática, com expansão de 9,3%, e combustíveis e lubrificantes ( alta de 8,5%).

Por outro lado, o segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios apresentou queda da atividade no primeiro semestre de 2011, com encolhimento de 0,9%.

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