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terça-feira, 5 de julho de 2011

Dilma defende investimentos em hidrelétricas

A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje a retomada dos investimentos para construção de hidrelétricas no país. Segundo ela, a exploração do potencial hídrico evitará o uso de outras fontes de energia mais poluidoras ou de maior risco para a população. Dilma declarou, durante o início do processo de desvio do Rio Madeira, em Rondônia, que uma das etapas da construção da usina de Santo Antônio entrará em operação a partir de dezembro. Ela chamou a atenção para a matriz energética limpa do país.

- Quando você não tem usina hidrelétrica, o que se usa no lugar é energia nuclear ou energia térmica. Isso significa que você está poluindo de uma forma inimaginável a natureza ou colocando em risco a própria vida da sua população.

Na avaliação da presidente, a construção da usina de Santo Antônio, que junto com a usina de Jirau forma o complexo hidrelétrico do Rio Madeira, pode ser considerada como um marco na retomada dos investimentos em grandes projetos de geração de energia a partir de fontes hídricas.

- Esse é um momento histórico porque estamos vendo se concretizar um projeto estratégico para o Brasil que é a volta do investimento em usinas hidrelétricas. Nós paramos de investir em usinas de grande porte e só recentemente retomamos.

A usina de Santo Antônio terá capacidade instalada para gerar até 3.150 megawatts (MW). A empresa responsável pela hidrelétrica negocia com o governo a possibilidade de ampliar o número de turbinas no empreendimento. Os sócios da hidrelétrica de Jirau também querem aumentar a potência da usina. Se as propostas forem aprovadas pelo Ministério de Minas e Energia, os dois empreendimentos poderão garantir um volume extra de energia de aproximadamente 400 MW médios.

Para a presidente, a construção das usinas no Rio Madeira reflete uma mudança na forma de pensar o desenvolvimento econômico do Brasil, que segundo ela, não está voltado apenas para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas de um país) mas para gerar empregos e melhorar a distribuição de renda. A presidente reconheceu que o país cresceu no passado, mas de forma desigual.

- Muitas pessoas ficaram muito pobres e poucas pessoas ficaram muito ricas. Nós queremos um desenvolvimento diferente.

Dilma salientou ainda que a expansão da economia junto com uma melhor distribuição da renda é um dos elementos que diferenciam o país em relação a outras nações como Índia, China, Rússia e África do Sul, que juntas com o Brasil formam o chamado BRICS.

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