O enterro do administrador Vitor Gurman, de 24 anos, morto após ser atropelado por um jipe de luxo no último sábado (23), foi marcado pela comoção de parentes e amigos. O sepultamento reuniu cerca de 500 pessoas no Cemitério Israelita de Butantã, na zona oeste de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (29).
Após o termino da cerimônia, que durou aproximadamente duas horas, os pais de Gurman não se pronunciaram. De acordo com o economista Sérgio Skarbink, amigo da família da vítima, muitas homenagens foram feitas durante o enterro.
- Ele era uma pessoa iluminada. Com apenas 24 anos, era diretor de uma empresa, prestava serviços à comunidade e também à sinagoga. Todos se emocionaram muito. Os amigos e o irmão mais novo fizeram discursos.
Ainda bastante emocionada, a prima da vítima, Eliana Korn, disse que espera que a justiça seja feita.
- A impunidade no Brasil tem que ser revista. É um absurdo a vida de um jovem de 24 anos ser tirada desta maneira.
Também indignado, o produtor musical Hilton Raw afirmou que as investigações sobre a morte de Vitor devem ser levadas a sério. Ele relembrou que o veículo envolvido no acidente tinha dezenas de multas.
Gurman morreu na noite de quinta-feira (28) após quase cinco dias em coma no Hospital das Clínicas. O administrador de empresas foi atropelado enquanto caminhava pela calçada na rua Natingui, bairro da Vila Madalena, zona oeste de São Paulo.
Indiciamento
A nutricionista Gabriella Guerrero, de 28 anos, que atropelou o Gurman, será indiciada por homicídio doloso, pois ela teria assumido o risco de matar alguém ao dirigir em alta velocidade. Segundo o delegado Manoel Adamuz Neto, titular do 14º Distrito Policial, o resultado do laudo apontou que Gabriella estava alcoolizada no momento do acidente, mas não embriagada.
A motorista dirigia um jipe Land Rover de seu namorado, que também estava no interior de veículo e sofreu ferimentos leves. Ele já havia sido multado 25 vezes desde o início deste ano - oito vezes por excesso de velocidade e as outras por dirigir falando ao celular e por trafegar na contra mão.O delegado Adamuz, que continua as investigações, disse que pretende ouvir algumas testemunhas na tarde desta sexta-feira.
- Vou ouvir algumas testemunhas para depois ouvir a versão de Gabriella.
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