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segunda-feira, 11 de julho de 2011

DNA prova que gêmeos não são filhos biológicos de magnata da mídia argentina

Os resultados de um teste de DNA divulgados na manhã desta segunda-feira (11) confirmaram que os irmãos Felipe e Marcela Noble Herrera não são filhos de Ernestina Noble Herrera, dona do maior jornal da Argentina. O caso causa uma grande comoção no país desde 2002, quando os gêmeos se submeteram a testes de DNA pela primeira vez para tentar provar que não foram roubados pela ditadura.

Muitos argentinos já suspeitavam de que os dois não eram filhos de Ernestina Noble Ferrera, dona do Grupo Clarín. Desde os anos 90 a entidade humanitária Avós da Praça de Maio afirma que os dois são filhos de opositores mortos durante a ditadura (1976-1983), O grupo pedia que os irmãos fossem submetidos a testes para comparar seu DNA com o de diversas pessoas desaparecidas.

Os resultados também descartaram que os dois sejam filhos tanto dos Lanoscou-Miranda quanto dos García-Longarinas, as duas famílias autoras de uma ação que obrigou os irmãos a cederem amostras genéticas para comparação.

A comparação do DNA foi feita no BNDG (Banco Nacional de Dados de Genética) na presença da juíza federal Sandra Arroyo Salgado e de peritos.

Representantes dos Noble Herrera destacaram que “essa resposta poderia ter sido obtida há oito anos”, quando os irmãos se submeteram aos testes pela primeira vez, após uma ação judicial que levou à prisão da mãe deles, em 2002.

Os resultados nunca foram divulgados por conta de uma acirrada disputa entre advogados dos Noble Herrera e a promotoria.

Irmãos podem ter sido sequestrados pela ditadura

Agora o processo dos irmãos Herrera chega à sua segunda etapa. O material genético de Felipe e Marcela poderá ser comparado a todas as amostras disponíveis no BNDG.

Mas o diretor do banco genético, Belén Cardozo, pediu a anulação do processo já que não seria possível comparar os perfis exclusivamente com o de crianças nascidas em 1976, como é a ordem da juíza.

Felipe Noble Herrera declarou hoje que espera que os resultados dos exames acabem com o “assédio e perseguição” que sua mãe “tem sofrido há dez anos”.

Ernestina Noble Herrera é acusada pelas Avós da Praça de Maio de ter recebido os gêmeos de militares durante a ditadura argentina. Apesar de o processo ter sido iniciado em 2002, o caso ganhou força quando a atual presidente Cristina Kirchner sugeriu para que fossem feitos testes de DNA compulsórios sob acusações de crimes contra a humanidade.

Desde 2008 o governo argentino está em guerra com o Grupo Clarín, a quem acusa de monopólio e de manipular a opinião pública. Já o Clarín diz que o governo Kirchner age contra a liberdade de imprensa no país.

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