Um jornalista da BBC e o cinegrafista foram atacados no Iêmen nesta segunda-feira (14) por partidários do governo quando documentavam os violentos protestos contra o presidente Ali Abdullah Saleh, informou a rede de televisão.
Abdullah Ghorab, o correspondente da BBC em árabe no Iêmen, foi deixado ferido e com o nariz sangrando no incidente na capital, Sanaa.
Já o cinegrafista Mohammed Omrar foi espancado e teve o telefone celular e relógio tomados, informou a BBC em um comunicado.
Após realizar o ataque, os homens jogaram Ghorab na direção do carro de Hafez Meiyad, um funcionário iemenita conhecido por ser próximo do presidente, que criticou o repórter por manchar a reputação do país, disse o comunicado.
O jornalista contou à agência de notícias France Presse que foi espancado por "homens do partido do governo".
O ataque, próximo à Universidade de Sanaa, só chegou ao fim quando a polícia interveio e os homens foram embora, disse a rede de televisão. Ghorab precisou de atendimento médico após o ocorrido.
A BBC afirmou que reclamará para as autoridades iemenitas sobre o "ataque deliberado".
"A BBC condena esse ataque contra nossos jornalistas que estão fazendo o melhor em circunstâncias muito difíceis para reportar a situação do Iêmen", disse Peter Horrocks, diretor da BBC Global News.
Repressão violenta deixa um morto no Irã
A repressão aos protestos contra o regime islâmico do Irã deixou um manifestante morto, segundo informações da agência estatal de notícias Fars.
O regime usou bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha contra os manifestantes que protestavam em Teerã. Os ativistas foram às ruas sob o pretexto de apoiar as revoltas populares nos países árabes.
Os manifestantes, reunidos apesar de proibição, realizaram os primeiros protestos contra o governo em Teerã desde 11 de fevereiro de 2010, quando ativistas foram às ruas para lembrar o 31º aniversário da Revolução Islâmica.
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