A reitoria da USP afirmou em nota nesta sexta-feira que a decisão de firmar um convênio com a Polícia Militar foi aprovada pelo Conselho Gestor do Campus da Capital e, portanto, pela ampla maioria dos representantes da comunidade acadêmica.
A decisão foi tomada no dia 20 de maio, logo após o assassinato do aluno Felipe Ramos de Paiva da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade).
"A universidade lamenta os incidentes ocorridos na quinta-feira (27) e esclarece que esses fatos serão analisados pelo Conselho Gestor para a apresentação de propostas para o equacionamento da situação", diz a nota da USP.
Cerca de cem alunos ocupam o prédio da Administração da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), na zona oeste de São Paulo, desde a noite de ontem (27), após um confronto entre estudantes e policiais militares. A briga ocorreu após a PM deter três estudantes que estariam fumando maconha dentro de um carro, no campus.
Luiza Sigulem/Folhapress |
Estudantes em confronto com a polícia na USP |
Em nota os estudantes afirmaram que só desocuparão o prédio após a revogação do convênio da universidade com a Polícia Militar.
'QUEM É O VILÃO?'
"O que é pior? Tiro, bomba, violência, sangue, ou uma pessoa fumando maconha? Quem é o vilão da história", questiona um estudante de geografia que faz parte da ocupação e não quis ter o nome divulgado.
Para Larissa Frezzo, 21, estudante de letras, tirar a PM do campus é um exagero. "Mas também não concordo que eles fiquem abordando os universitários."
A funcionária Simone Gomes, 38, pensa no problema da segurança. "Para a gente que acorda às 4h, chega aqui 4h30, é muito perigoso. Não pode tirar a polícia não", diz.
Luiza Sigulem/Folhapress | ||
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