O vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho (PT), negou ter repassado à imprensa dados que culminaram em acusação de tráfico de influência contra o ministro petista Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Carvalho afirmou ser “amigo e irmão” de Pimentel e disparou acusações contra o PSDB local, a quem atribuiu a intenção de minar o nome do ministro, potencial candidato do PT ao governo de Minas Gerais, em 2014.
O nome de Carvalho surgiu porque ele se opõe à reedição, nas eleições do ano que vem, da dobradinha entre PT e PSDB que elegera, em 2008, o atual prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB). Pimentel, que foi um dos principais articuladores da aliança entre petistas e tucanos, deu mostras que não se oporia à reedição da aliança. Atualmente, Carvalho está rompido politicamente com Lacerda.
“Infelizmente, a prática tucana de semear intriga é uma velha conhecida da política nacional. Isso é um absurdo, eu conversei ontem com o Pimentel. Ele é meu amigo e o considero como meu irmão. Isso é obra dos tucanos que já estão de olho na eleição de 2014 para o governo do Estado”, afirmou.
Carvalho disse que o nome de Pimentel é um dos mais “fortes” para a disputa do governo estadual e, por conta disso, já estaria em curso uma movimentação para desestruturá-lo.
“Isso é fogo inimigo tucano”, resumiu o vice-prefeito, que também é presidente municipal do PT, em Belo Horizonte.
Outro lado
O presidente do PSDB municipal de Belo Horizonte, deputado estadual João Leite, ironizou as declaração de Carvalho e afirmou que o assunto é problema do PT.
“Mais um dossiê que eles [petistas] construíram. Isso é problema interno do PT. Esse tiroteio que eles estão vivenciando não é assunto do PSDB. Além do mais, isso não é do feitio do PSDB. Essa questão de dossiês, documentos contra políticos, o PSDB não age assim”, afirmou.
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