
Segundo levantamento da Agência Record, em abril foram registrados 21 ataques a caixas no Estado de São Paulo; em maio, esse número pulou para 45; em junho, caiu para 25; julho registrou 20 ocorrências; agosto contabilizou aumento, passando novamente para 25; em setembro, o número foi para 18; outubro registrou a queda mais brusca, seis ataques; e em novembro a contagem chegou a 12.
No auge das explosões, no dia 5 de maio, a Polícia Militar registrou quatro ocorrências do tipo só durante a madrugada. Na zona leste da capital, os criminosos arrombaram a porta de uma farmácia e explodiram um caixa eletrônico. Em Mauá, moradores contaram à PM que ouviram um forte estrondo no interior de um posto de gasolina. Armados, bandidos renderam os funcionários do estabelecimento, trancaram todos no banheiro e depois explodiram um caixa. Em Guarulhos, outros dois caixas eletrônicos foram estourados.
Notas manchadas
É possível que um reflexo na diminuição de explosões a caixas eletrônicos não só em São Paulo, seja a diminuição no número de notas manchadas apreendidas pelo Banco Central. Balanço da instituição revela que, de maio a novembro, foram recolhidas 304.824 cédulas com suspeita de dano por dispositivo antifurto, das quais metade (152.727) foram apreendidas apenas em junho. Esse número foi reduzindo mês a mês e, em novembro, houve o recolhimento de apenas 1.771 cédulas, o que representa 0,6% do total recolhido de maio a novembro. O Banco Central não divulga as estatísticas separadas por Estado.
Entramos em contato com os principais bancos do país para apurar o valor aproximado dos prejuízos com os ataques ao longo do ano, mas todos se recusaram a falar sobre o assunto. As polícias Civil e Militar de São Paulo também não informam dados precisos sobre esse tipo de crime, mas confirmam que a redução foi drástica desde o início da “onda”, em abril. Em suas estatísticas mensais, a SSP não diferencia os ataques a caixas eletrônicos dos roubos a banco e engloba tudo em uma mesma contabilidade.
Para o capitão Sanchez, da sala de imprensa da PM, o que levou à diminuição desse tipo de crime foi o conjunto de ações das polícias e do Banco Central, que intensificou o uso dos dispositivos que mancham notas quando há explosão. No caso específico de São Paulo, ele destaca o aumento do policiamento ostensivo voltado para essa prática como forma de inibir os criminosos. Agentes do radiopatrulhamento, da Força Tática, e da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) intensificaram o patrulhamento na capital paulista, principalmente durante a madrugada, período no qual a maioria dos ataques acontecia.
Já a Polícia Civil informou que as ações de inteligência do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) foram fundamentais para desbaratar as principais quadrilhas especializadas nesse crime. Questionada sobre o total de presos suspeitos de envolvimento nesse tipo de crime, a instituição voltou a informar os mesmos números já fornecidos no mês de setembro: 48 pessoas presas, entre as quais 13 policiais militares.
Comércio
Nos primeiros meses em que a onda de roubos foi verificada, a Associação Comercial de São Paulo previa que os comerciantes pediriam aos bancos para retirar os caixas eletrônicos de seus estabelecimentos por medo da violência. Porém, a expectativa da entidade não se confirmou. Apesar de não dispor de números oficiais, a associação afirma que a maioria dos pontos comerciais de São Paulo, mesmo aqueles invadidos por criminosos, mantêm até hoje seus equipamentos.
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