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sábado, 17 de dezembro de 2011

Após “onda” que chegou a 45 ataques em um mês, SP tem novembro com 12 explosões a caixas eletrônicos

Após registrar uma média de mais de uma ocorrência ao dia no Estado no primeiro semestre, os ataques a caixas eletrônicos se mostraram um crime “da moda” em São Paulo em 2011. Apesar de o Estado ainda contabilizar esse tipo de ocorrência, o número de explosões é muito menor que o registrado no início da onda, no mês de abril. Balanço feito pela Agência Record mostra que foram 45 ocorrências em maio (o pico dos crimes) contra 12 no último mês de novembro. Em oito meses, de abril a novembro, a reportagem registrou um total de 172 ataques no Estado.
A contagem foi feita a partir de abril porque foi neste mês que as explosões a caixas se tornaram mais frequentes não só em São Paulo, mas em todo o Brasil. Prova disso é que já no início de maio, em São Paulo, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) criou um grupo especial para combateros ataques a caixas e o Banco Central começou a estipularregras sobre o que as pessoas deveriam fazer caso pegassem uma nota machada pelo dispositivo “solta tinta” dos caixas explodidos.

Segundo levantamento da Agência Record, em abril foram registrados 21 ataques a caixas no Estado de São Paulo; em maio, esse número pulou para 45; em junho, caiu para 25; julho registrou 20 ocorrências; agosto contabilizou aumento, passando novamente para 25; em setembro, o número foi para 18; outubro registrou a queda mais brusca, seis ataques; e em novembro a contagem chegou a 12.

No auge das explosões, no dia 5 de maio, a Polícia Militar registrou quatro ocorrências do tipo só durante a madrugada. Na zona leste da capital, os criminosos arrombaram a porta de uma farmácia e explodiram um caixa eletrônico. Em Mauá, moradores contaram à PM que ouviram um forte estrondo no interior de um posto de gasolina. Armados, bandidos renderam os funcionários do estabelecimento, trancaram todos no banheiro e depois explodiram um caixa. Em Guarulhos, outros dois caixas eletrônicos foram estourados.

Notas manchadas

É possível que um reflexo na diminuição de explosões a caixas eletrônicos não só em São Paulo, seja a diminuição no número de notas manchadas apreendidas pelo Banco Central. Balanço da instituição revela que, de maio a novembro, foram recolhidas 304.824 cédulas com suspeita de dano por dispositivo antifurto, das quais metade (152.727) foram apreendidas apenas em junho. Esse número foi reduzindo mês a mês e, em novembro, houve o recolhimento de apenas 1.771 cédulas, o que representa 0,6% do total recolhido de maio a novembro. O Banco Central não divulga as estatísticas separadas por Estado.

Entramos em contato com os principais bancos do país para apurar o valor aproximado dos prejuízos com os ataques ao longo do ano, mas todos se recusaram a falar sobre o assunto. As polícias Civil e Militar de São Paulo também não informam dados precisos sobre esse tipo de crime, mas confirmam que a redução foi drástica desde o início da “onda”, em abril. Em suas estatísticas mensais, a SSP não diferencia os ataques a caixas eletrônicos dos roubos a banco e engloba tudo em uma mesma contabilidade.

Para o capitão Sanchez, da sala de imprensa da PM, o que levou à diminuição desse tipo de crime foi o conjunto de ações das polícias e do Banco Central, que intensificou o uso dos dispositivos que mancham notas quando há explosão. No caso específico de São Paulo, ele destaca o aumento do policiamento ostensivo voltado para essa prática como forma de inibir os criminosos. Agentes do radiopatrulhamento, da Força Tática, e da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) intensificaram o patrulhamento na capital paulista, principalmente durante a madrugada, período no qual a maioria dos ataques acontecia.

Já a Polícia Civil informou que as ações de inteligência do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) foram fundamentais para desbaratar as principais quadrilhas especializadas nesse crime. Questionada sobre o total de presos suspeitos de envolvimento nesse tipo de crime, a instituição voltou a informar os mesmos números já fornecidos no mês de setembro: 48 pessoas presas, entre as quais 13 policiais militares.

Comércio
Nos primeiros meses em que a onda de roubos foi verificada, a Associação Comercial de São Paulo previa que os comerciantes pediriam aos bancos para retirar os caixas eletrônicos de seus estabelecimentos por medo da violência. Porém, a expectativa da entidade não se confirmou. Apesar de não dispor de números oficiais, a associação afirma que a maioria dos pontos comerciais de São Paulo, mesmo aqueles invadidos por criminosos, mantêm até hoje seus equipamentos.


Notas Manchadas

- Como devo agir ao sacar do caixa eletrônico uma nota manchada pelo mecanismo da máquina?

O Banco Central explica que o cidadão deve registrar um B.O. (Boletim de Ocorrência) em uma delegacia, tirar um extrato da conta bancária e levar a documentação a agência bancária.


- O banco irá ressarcir o valor da nota manchada?

Caso seja comprovado que a mancha foi acidental, a pessoa prejudicada poderá ser ressarcida do valor da nota.


- Manchei uma nota acidentalmente. O que devo fazer?

Se ficar provado que o dano não foi causado por esses dispositivos, o banco deverá trocar a nota.


- Como devo agir ao receber uma nota manchada?

O Banco Central recomenda a população que não receba notas suspeitas de terem sido manchadas por dispositivo antifurto. Se a mancha tiver sido produto de uma ação criminosa, a nota não será ressarcida.


- O que devo fazer se já tenho notas manchadas em casa?

O banco orienta a população que possuir algumas dessas cédulas a encaminhá-las a uma agência bancária, que se encarregará de remetê-las ao Banco Central, onde serão mantidas sob custódia, para análise. Se for comprovado que o dano foi provocado por algum dispositivo antifurto, a instituição financeira deverá comunicar ao portador que a cédula foi fruto de ação criminosa e se encontra à disposição das autoridades competentes para investigação criminal.

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