O Plenário do Senado aprovou, em primeiro turno, a prorrogação até 2015 da DRU (Desvinculação de Receitas da União), mecanismo que libera cerca de R$ 62 bilhões para uso livre do Poder Executivo (PEC 114/2011). Foram 59 votos a favor e 12 contra.
A oposição voltou a protestar contra a prorrogação da DRU, afirmando que o instrumento permite ao governo retirar recursos da saúde e da previdência, para cobrir aumento de gastos com pessoal e encargos, por exemplo.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi à tribuna para defender a aprovação da prorrogação. Ele argumentou que a DRU não atende somente ao interesse do governo atual, mas do Estado brasileiro. Sarney disse considerar o mecanismo importante para lidar com as dificuldades decorrentes da crise internacional.
A DRU permite ao Executivo alocar com mais liberdade 20% das receitas provenientes de contribuições sociais, à exceção das previdenciárias, o que representa cerca de R$ 62 bilhões. O último dia de vigência para a DRU é 31 de dezembro deste ano.
Para ser aprovada definitivamente, a PEC 114/2011 terá de ser votada novamente, em segundo turno, após três sessões de discussão em Plenário. Como essas sessões só podem ser realizadas depois de cinco dias úteis, em tese, a votação acontecerá no dia 20 deste mês. No entanto, a base do governo pode tentar aprovar a quebra de interstícios, para que o segundo turno ocorra antes.
Entenda a DRU
A desvinculação é utilizada em grande parte para bancar o superávit primário do governo --ou seja, os recursos economizados para pagar juros da dívida pública. Mas, aliados da presidente Dilma Rousseff, dizem que a área social também é afetada pelo mecanismo.
A DRU permite ao governo usar um quinto de receitas de contribuições como a Cide (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico, incluindo a que incide sobre combustíveis) e a Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social). Caso o Congresso derrube a prorrogação, esses recursos terão de ser vertidos exclusivamente nas áreas com as quais têm vínculo.
Criada no governo Itamar Franco e renovada cinco vezes nos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, a vigência atual da DRU acaba em 31 de dezembro deste ano, por isso a pressa do governo em votar o projeto a tempo.
1 comentários:
ZÉ do BURRO disse:
Vou explicar isto aos meus Burrinhos que já estão com as orelhas muchas.
P E C = Proposta Emergencial dos Corruptos
D R U = Detonar o Roubo da União
Gastar 20% Livremente = Poder gastar livremente a 5ª parte de tudo que foi arrecadado sem ter que comprovar nada a ninguém e não ser perseguido pelos adversários políticos, é poder abrir contas em paraísos fiscais e não ser investigado pela Policia, é poder enfeitar Brasília de Panetones sem ter que renunciar o poder, é a Dilma poder comprar suas horríveis bolsas de couro de cobras indianas todas as semanas, sem saber quanto custa e etc., etc.
Resumo: É receber R$100,00 e prestar conta de apenas R$80,00 com muitas notas frias.
Moderação é a seqüela que a Censura deixou naqueles que um dia procuraram por liberdade de expressão e caíram no PAU DE ARARA, e até hoje estão com o “Ú” piscando.
VIVA a Imprensa LIVRE.
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