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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Steve Jobs saiu na hora certa, dizem especialistas

Consultores afirmam que a saída de Steve Jobs do comando da Apple não vai afetar os negócios da empresa. Para os especialistas, Jobs saiu no momento certo, com a empresa liderando o seu segmento. Jobs anunciou nesta quarta-feira (24) que não é mais executivo-chefe da empresa que ajudou a fundar, em razão de problemas de saúde.

Não é a primeira vez que a Apple tem de se virar sem seu carismático líder. Em 1985, Jobs saiu da empresa por causa de desentendimentos internos. A Apple passou por maus momentos no mercado e só voltou a respirar nos anos 90, com a volta de Jobs. Porém, analistas dizem que o momento da empresa é outro e o risco dela vir a ter uma queda acentuada sem o executivo-chefe é mínima.



Segundo o analista da consultoria IDC Bruno Freitas, Jobs conseguiu criar uma cultura dentro da empresa que deve se manter sem ele.



– Com o retorno do Jobs, em 97, houve uma mudança de paradigma, de cultura, que mudou a maneira que a Apple fazia seus negócios. Hoje isso já é uma cultura organizacional.



De acordo com Freitas, a Apple já vinha preparando o terreno para a saída de Jobs. Nos mais recentes lançamentos de produtos, além de Jobs, outros executivos que participavam da criação do produto também davam as caras.



Para o analista, a saída de Jobs é também uma "questão emocional".



– Isso até impacta em termos de imagem, mas o mercado continua.



O coordenador do MBA Gestão de Marcas da Trevisan Escola de Negócios, Marcos Hiller, diz reconhecer que a Apple perde com a saída de Jobs, mas, assim como Freitas, diz que a empresa tem talentos para substituir o fundador da organização.



– É legal que a empresa tenha essa figura messiânica, mas a Apple tem pessoas muito boas. Jobs sai com a empresa liderando o mercado. É o momento ideal para se aposentar, no auge.



Hiller ressalva que Tim Cook, o substituto de Jobs, terá uma dura tarefa pela frente.



– Aquele crachá de executivo-chefe da Apple é pesado. É como pegar a camisa 10 do Santos, que já foi do Pelé.



Olivier Bomsel, da empresa ParisTech, concorda com Hiller, mas faz comparações com o mundo da moda.

– No campo da tecnologia, a Apple equivale a um grande ateliê de costura. Steve Jobs para a Apple é uma espécie de astro do rock ou criador de mundo. É a mesma situação da Dior após a morte de Christian Dior, ou da Chanel depois da morte de Coco Chanel.



O analista Michael Gartenberg, da empresa de pesquisas Gartner, também é otimista.



– É certo que isso marca o fim de uma era, mas não podemos esquecer que a Apple é muito mais que uma única pessoa, mesmo sendo esta pessoa o Steve Jobs.



Esta é a mesma opinião de Frédéric Filloux, do Monday Note, uma publicação especializada no setor de novas tecnologias e comunicação.



– Eu não acredito que seja uma catástrofe, ele teve tempo suficiente para preparar sua sucessão e instalar uma cultura empresarial e de organização interna, com homens de sua confiança que irão perpetuar seu trabalho. É verdade que Steve Jobs era um grande visionário, mas ele soube formar suas pessoas [...]. Depois do retorno ao controle da empresa em 1997, Jobs teve coragem de criar esta cultura, que do meu ponto de vista, é inalterável, não vai se desfazer em dois anos.



Reações



O mercado ficou abalado após o anúncio de sua saída do cargo de diretor executivo na quarta-feira. A segunda maior empresa em capitalização nas bolsas, até então em ótima situação financeira, caiu mais de 5% no pregão eletrônico após o fechamento da Bolsa de Nova York.



Às 16h20 desta quinta-feira (25), as ações da Apple tinham queda de 0,73%.


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