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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Strauss-Kahn pode processar ex-camareira que o acusou de estupro

O ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, não descarta a possibilidade de processar Nafissatou Diallo, a camareira que o acusa de abuso sexual, caso avance a ação civil apresentada em julho contra ele.

O processo civil terá os mesmos efeitos legais que a ação criminal porque depende da credibilidade da denunciante, segundo detalha o jornal americano New York Post, que menciona fontes ligadas à defesa do político e economista francês, que não deram mais detalhes a respeito.

Essas fontes se mostraram confiantes em que qualquer júri vai considerar Nafissatou, a camareira guineana que acusou DSK, como é conhecido pela imprensa, em 14 de maio, "desonesta". A defesa do político francês não informou qual será o próximo passo depois que terminar o caso penal contra DSK.

Antes das acusações serem retiradas, os advogados de Nafissatou insistiram em que a mulher manterá seu processo civil contra DSK para que sua cliente receba a indenização que, segundo sua opinião, merece receber pelo dano psicológico causado pelo ocorrido.

No processo civil apresentado em 8 de agosto perante um tribunal do Bronx, os advogados da camareira reiteraram que Strauss-Kahn agrediu sexualmente à litigante de forma "sádica, proposital, brutal e violenta" e que nesse processo "humilhou, degradou, estuprou e roubou sua dignidade como mulher".

A denúncia exige que seja realizado um julgamento no qual um júri popular vai estabelecer uma indenização por uma quantia ainda não definida. Os advogados do economista francês acreditam que o processo civil vai "afundar" assim como o penal e disseram que o único interesse de Nafissatou é lucrar com a denúncia.

O caso contra DSK começou a perder força em julho, quando a Promotoria revelou detalhes que minaram a credibilidade da camareira, que chegou a mentir em seu pedido de asilo nos Estados Unidos, além de ter mantido uma conversa por telefone com um prisioneiro sobre "como poderia conseguir dinheiro acusando" o político francês, um dia após o incidente. Strauss-Kahn, de 62 anos, é desde terça-feira um homem livre e pode retornar quando quiser à França, embora antes prefira resolver "alguns assuntos" pendentes em Washington, onde na próxima semana planejou fazer uma visita à sede do FMI.

No entanto, especialistas consultados pelo New York Post especularam que uma reconvenção incluiria que a Nafissatou "difamou" Strauss-Kahn e o privou de sua liberdade ao fazer acusações "infundadas" e "difamatórias".

Relembre o caso

O juiz Michael Obus retirou na terça-feira (23) as sete acusações formuladas contra Strauss-Kahn ao aceitar a recomendação do promotor de Manhattan, Cyrus Vance, que reconheceu que seu escritório seria incapaz de provar as acusações, "além de toda dúvida razoável" por problemas de credibilidade da camareira.

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