A ONU (Organização das Nações Unidas) pediu ao Iraque que não execute Tarek Aziz, condenado à morte na forca, informou nesta quarta-feira (27) Martin Nesirky, o porta-voz do secretário-geral, Ban Ki-moon.
-A posição da ONU sobre a pena de morte é conhecida; somos contra e, por isso, pedimos que a condenação não seja realizada.
O Tribunal Superior penal iraquiano condenou o ex-ministro das Relações Exteriores de Saddam Hussein à morte, na terça-feira (26), por crimes contra a humanidade durante as repressões aos xiitas muçulmanos na década de 80.
O Vaticano também pediu ontem que a sentença de Aziz, que era cristão, não seja executada.
Aziz era braço direito de Saddam
Aziz, fã dos bons charutos e uísque, nasceu no dia 28 de abril de 1936 em uma família pobre da região de Mossul (norte), e rapidamente ascendeu no governo iraquiano graças ao seu domínio perfeito do inglês.
Amigo do ditador Saddam Hussein, foi ministro da Informação, e depois vice-primeiro-ministro de 1979 a 2003, tendo como função complementar a de ministro das Relações Exteriores, de 1983 a 1991.
Aziz foi o artífice da retomada das relações diplomáticas entre Washington e Bagdá em 1984. Encontrava-se igualmente confortável tanto em Moscou como em Paris, que apoiavam o regime iraquiano. No entanto, seu trabalho complicou-se após a invasão do Kuwait em agosto de 1990.
Em março de 2009, Aziz foi condenado a 15 anos de prisão pela execução de 42 comerciantes 18 anos atrás. Mais tarde foi condenado a outros sete anos por seu papel na repressão contra os curdos xiitas. Ele declarou-se inocente de todas as acusações.
0 comentários:
Postar um comentário