Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel em 2008, ficou em silêncio novamente durante seu depoimento por carta precatória, no Fórum de Tremembé, cidade a 147 km de São Paulo, nesta sexta-feira (17). A informação foi confirmada pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
O depoimento começou no início da tarde e deveria ter ocorrido em Santo André, local do crime, mas a Justiça decidiu que ele fosse colhido em Tremembé por contenção de gastos. Por isso, foi tomado por meio de carta precatória. Lindemberg está preso na penitenciária masculina da cidade.
Agora, Ministério Público e a defesa do acusado vão fazer suas considerações para, então, o juiz de Santo André decidir se ele vai ou não a júri popular.
Em abril deste ano, o TJ-SP negou pedido de liberdade para Lindemberg. Na ocasião, a defesa argumentou que seu cliente estava preso há 26 meses, sem previsão de término para o processo, e que a demora no andamento do caso não pode ser atribuída ao acusado. Para o desembargador Pedro Luiz Aguirre Menin, "a manutenção da prisão se faz necessária para a garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal".
Novo processo
Desde o início do ano, a Justiça voltou a ouvir testemunhas de defesa e acusação do caso Eloá para definir se Lindemberg vai ou não à júri popular. Após a defesa do acusado sustentar a tese de que o tiro que matou a jovem partiu de um policial, os advogados pediram para ter direito de contestar as provas posteriormente anexadas aos autos e apresentaram novas testemunhas. Por isso, o trabalho da Justiça paulista, concluído em 2009 (com indicação para o júri), precisou ser refeito por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Eloá, na época com 15 anos, foi assassinada em outubro de 2008, no bairro de Jardim Santo André, em Santo André, após ter sido mantida refém por Lindemberg por quase cem horas. Ela foi morta com dois tiros. Nayara Rodrigues da Silva, que juntamente com Eloá e outros dois colegas também foi feita refém por Lindemberg, ficou ferida.
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