Quase três milhões de pessoas que fazem neste ano a peregrinação do Hajj à cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita, começaram a apedrejar as colunas que simbolizam o diabo. O ritual ocorre nesta terça-feira (16), no primeiro dia da festa do sacrifício, celebrada por todos os muçulmanos.
Os fiéis devem jogar pedras na grande coluna que representa o diabo, chamado pelos muçulmanos de Iblis, no vale de Mina, perto de Meca.
Em meio à desordem, centenas de milhares de pedras voavam por cima das cabeças dos peregrinos, que devem atirar sete pedras durante o primeiro dia contra a coluna de 30 m de altura e 21 pedras no dia seguinte, ou dois dias depois.
Depois de rezar juntos na mesquita de Namera e passar a segunda-feira pedindo perdão a Deus no Monte Arafat, símbolo da espera do julgamento final, os peregrinos dormiram no vale de Mina, transformado em uma imensa cidade de barracas de campanha.
A peregrinação à Meca é um dos cinco pilares do islã, uma das cinco obrigações que todo muçulmano deve cumprir durante a vida.
Peregrinação deixou centenas de mortos nos anos anteriores
Os peregrinos chegam ao local do apedrejamento por uma ponte de vários andares, construída especialmente para canalizar a multidão que participa do ritual.
Em janeiro de 2006, 364 pessoas morreram pisoteadas durante a peregrinação. Em julho de 1990, 1.426 peregrinos morreram, a maioria asfixiados, durante um momento de pânico em um túnel.
Depois do apedrejamento, os fiéis devem sacrificar um animal em recordação de Abraão, que aceitou matar o filho Isaque para obedecer a Deus, antes de o anjo Gabriel trocar o garoto por um cordeiro, segundo a tradição religiosa.
Hoje em dia, os peregrinos compram bônus das autoridades sauditas, que sacrificam os animais e depois enviam ajuda aos muçulmanos pobres de várias partes do mundo
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